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Monday, November 20, 2006

Dois, 730, 17.520...

Não, não é mais um mistério numérico de Lost. Não é resultado de nenhuma equação matemática, muito menos a evolução da minha conta bancária. É uma simples seqüência, de forma nenhuma aleatória e que, para mim, é a mais pura expressão da felicidade. Não quero revelar a fórmula. Até porque não se trata de matemática, porque não é ciência exata. Antes, tem traços de química. E química das boas, daquela que dá liga forte e duradoura. Química que serve de combustível para aquecer a alma e a vida. Que serve para iluminar quando tudo parece escuro, que serve como bálsamo para dores do mundo, que serve como energia para as batalhas diárias.Não preciso dizer o que são esses números... Mas entre números, fórmulas e química, digo que, para mim, ser feliz é ter vontade de multiplicar esses números por mil!

Wednesday, November 15, 2006

V de...viu isso?


Foto de ontem (14/11), que emociona meu lado "V". Durante um protesto em frente ao Departamento de Justiça de Washington (EUA), manifestantes da Fundação "Nós Somos o Povo" se fantasiaram como personagem da obra "V de Vingança".
Ai, ai... Um dia, quem sabe?

Foto: Matthew Cavanaugh/EFE

Mínimas que eu acho o máximo - I

1 – Quem não pode com mandinga, não carrega patuá.
2 – Não sabe brincar? Não desça para o play.
3 – Tenta a sorte que o azar é certo.
4 – Jabuti não sobe em árvore. Se está lá, ou é enchente ou mão de gente.
5 – Juiz de futebol é o único ladrão que pode roubar à vontade e ainda sair protegido pela polícia.

Monday, November 06, 2006

Nem o capeta agüenta mais...

Morreu ontem (05/11), a aposentada que teve seu corpo incendiado numa fila de banco, em São Gonçalo (RJ). A louca que fez isso, de nome Solange Ferreira dos Santos, teve – na cabeça torpe dela – um motivo: pelo segundo dia seguido, não conseguiu sacar o dinheiro de sua pensão. Escolheu a vítima aleatoriamente, mas não sem pensar no caso. Segundo ela mesma, foi para casa, trocou de roupa, comprou gasolina e fez o que fez. Também disse que não sentiu nada no coração por ter feito isso, se sentindo até meio leve. Como defesa alegou: “de vez em quando, fico possuída por coisas ruins, pelo demônio”.
Que lástima o ser humano é. Animal da pior espécie: traiçoeiro como nenhum outro, dotado de covardia como não se vê entre os bichos. Pequeno, baixo, leviano. Desde as épocas remotas. Não por acaso, em algum momento da história, provavelmente numa daquelas horas que o espelho indicava essa natureza imperfeita e cruel, inventou ele: o demônio. Culpado por todas as atrocidades do mundo, responsável pelo estímulo a todos os atos ruins, a grande mão que manipula fantoches de pouca vontade diante de seus caprichos vis.
Conveniente, não? Uma pessoa compra gasolina, taca fogo em outra, não sente remorso por isso e a culpa é de quem? Ah, do demônio... O cara bebe, espanca a esposa, estupra os filhos, quebra tudo em casa. Põe na conta do capeta... Outros se rendem ao sexo promíscuo, às drogas, cheiram tudo, matam, esganam por dinheiro, por inveja, por despeito ou por qualquer motivo banal, todos já sabem quem é o responsável. Sim, claro. Sem problemas de culpa; sem dívidas a pagar (no máximo um dízimo redentor e uma falsa postura redimida – aleluia, aleluia!). A culpa é do rabudo, do cramulhão, do coisa ruim.
Não aturo mais ouvir coisas assim. O demônio existe sim, mas não tem rabo, chifres, não porta tridente. O demônio é a falta de capacidade do ser humano em lidar com o livre arbítrio. Nada mais demoníaco que um bicho capaz de saber o quanto o outro pode sofrer – e ainda assim, fazer de tudo para isso. Nada mais diabólico do que saber como provocar a dor, do que tirar a vida por motivos injustificados, do que destruir tudo que toca. E ainda assim fazê-lo. Não, não culpem o diabo. Ele é um bode expiatório dessa História triste escrita pelos homens (e por isso mesmo, precisavam arranjar um “mordomo” como culpado de todos os crimes”.
No máximo, acreditaria no Diabo como um elo na grande cadeia divina. Ele seria o tentador, até poderia fazer propostas horrendas – o que não acredito – mas pela imagem e semelhança que teoricamente herdamos do Criador, o livre arbítrio deveria optar por seguir sempre o caminho do Bem (com maiúscula mesmo).
Chega! Basta constatar: NENHUM outro animal é assim. Só o que é dotado de livre arbítrio escolhe ser cruel. Canso de ver Animal Planet, Discovery. Já vi mil guepardos comendo gazelas, cervos ou outros bichos, mas nunca vi nenhum deles torturando, matando por gosto, por inveja, por despeito. Matam para proteger território, a cria, para conseguir comida. Ponto. Por isso os bichos não precisam de demônios. O demônio é um álibi pobre para tentar ocultar uma realidade flagrante: o ser humano pode ser dotado de uma natureza muito, muito ruim. Em essência. E ter aparência de dona-de-casa que está no caixa eletrônico. Não tem rabo; nem chifres; não tem a tez vermelha; não fala com voz gutural. Quer ver um demônio em potencial? Só abrir a janela e ver as pessoas passando na rua. Se tiver coragem, vá para a frente do espelho.