THOUSANDS OF FREE BLOGGER TEMPLATES

Tuesday, April 24, 2007

“Jingle Bells, jingle bells, acabou o papel...”

Fala aí: como deixar de usar papel higiênico???

Me preocupo com o planeta; choro quando vejo documentários ou reportagens de queimadas, vazamentos de óleo, devastação. Sinto pena de bichinhos silvestres e domésticos mortos ou maltratados, acho o homem o pior dos animais da fauna terrestre. Pode ver num post anterior: até torço para que o “efeito da estufa” climática que o ser humano cultiva em nome do progresso (financeiro, claro) seja a devastação de todas as pessoinhas que estragam esse planeta lindo. Tenho consciência ecológica suficiente para fazer o meu: não desperdiçar água, não jogar lixo fora da lixeira, economizar energia etc. Mas essa onda de “politicamente correto” precisa ter limites!


Cheguei a essa conclusão quando li na Internet a seguinte pérola. “Vamos usar menos papel higiênico’, pede Sheryl Crow em campanha pelo meio ambiente”. Como assim “menos papel higiênico”? É para usar os dois lados? Ou só um quadradinho por cada vez que eu for “sujar a louça”? Talvez eu deva apelar para o famoso “chuveirinho” – hum, melhor não... água é recurso escasso, não quero me arriscar a ver a Sheryl Crow surgindo em um momento tão introspectivo para me dar reprimendas ecológicas. Deveria então fazer uso de toalhinhas abjetas, que eu lavaria depois do “trabalho sujo” e usaria tantas e quantas vezes fosse possível?
Senhoras e senhores, sob risco do Green Peace me botar na lista negra, eu aviso: NÃO ABRO MÃO DO LIVRE USO DO PAPEL HIGIÊNICO! Aturo político corrupto; ônibus lotado; engarrafamento no rush; um imposto de renda absurso; IPVA; cólica menstrual; BBBs e a programação dominical da TV aberta. Mas de usar quantos pedacinhos de papel higiênico (e dos macios) para limpar meu barro, ops, minha barra, já é demais. Ainda mais porque a Sheryl Crow pediu... Logo ela, que estragou o musicão “Sweet Child O´Mine” numa versão que me provoca revertérios suficientes para correr para o banheiro e ficar lá horas a fio...

“Não faz mal, não faz mal... Limpa com jornal (porque a Shreyl Crow quer)”

Alfreeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeedo!!!

Não sou do tipo canalha inveterada, mas também não sou candidata à vaga de Madre Teresa de Calcutá. Sou honesta o bastante para criticar escândalos de corrupção, negociatas, esquemas sórdidos, impunidade desmedida sem refletir hipocrisia. Mas definitivamente não sou santa. Falo mal (e muito) de quem não gosto; já inventei compromissos “pós-agendados” para evitar compromissos “pré-agendados” que em nada me interessavam. Já pulei muro de vizinho para pegar fruta caída no chão. Como carne vermelha e verduras na proporção de cem para um. Amo Coca-Cola, não adianta me passar email que ela desentope pia (se é verdade, é o desentupidor de pia mais gostoso do planeta!). Já fiz xixi em piscina, já arrotei alto na rua, já fiz guerra de bolinha de papel e já zoei com professor em sala de aula. Faço uso de deboche, sarcasmo, chiste e pilhéria de todas as ordens para sacanear alguém e/ou algo com o(s) qual(is) eu discorde mortalmente. Já tive flatulência no elevador, apesar de só me permitir fazer isso quando estou absolutamente só no mesmo. Já disse que gostei de um presente mesmo tendo detestado. Não sou perfeita, sou normal. E não abro mão do meu papel higiênico!!

Monday, April 23, 2007

Santo guerreiro!

Vinícius de Moraes já dizia: a fé desentope as artérias; a descrença é que dá câncer. Salve São Jorge, santo guerreiro!

O dia que me encontrei com Daniel Azulay


Estudar é um dos grandes prazeres que tenho na vida. Esta semana, assisti a um ciclo de palestras e workshops no Infnet. Aliás, vou ser sincera: quando decidi participar do ciclo, foi por causa de uma palestra. A palestra com Daniel Azulay.


Daniel Azulay é um ídolo de infância. Pela TV, o programa dele mostrava coisas que até hoje adoro fazer: pintar, desenhar, fazer trabalhos manuais, inventar. O mundo dele era um mundo de sonhos e sonhos daqueles que a gente tem de olhos abertos. Sonhos tão bons que até hoje alegram minha realidade.Por isso, quando vi que ele estaria no evento, fiz de tudo para estar presente. E valeu cada minuto... Valeu por descobrir que ele “é de verdade”. Valeu por ter visto a simpatia, a simplicidade, a humildade. Valeu pelos momentos que o mundo de sonhos se tornou real diante dos meus olhos. Algodão-doce, mas bem doce mesmo para mim!

Tuesday, April 03, 2007

Tipos Típicos 01: O “Milirritante” Político

Você conhece alguém assim... Ou então, ainda vai conhecer (não é ameaça, é fato...).

Inauguro a série “Tipos Típicos”, onde pretendo descrever alguns “bichinhos” comuns da grande fauna humana.
O primeiro espécime é o “Milirritante” Político. Os “milirritantes” costumam aparecer em bandos somente de dois em dois anos, quando se encontram em mesas de bar, grêmios estudantis ou comícios na época das eleições. Assistem aos telejornais fazendo comentários do tipo variações do mesmo tema: “Agora estão tramando isso!” ou “Governo sem-vergonha!!!!!! Sabia que estavam armando alguma coisa... Bem feito!!!!!!! Quem mandou votarem nele”. Destaque forçado para as exclamações... Se for o Jornal Nacional então, a exaltação provavelmente será maior; hoje em dia, o telejornal número um da Globo consegue desagradar “milirritantes” de todos os tipos: direita, centro ou esquerda. Talvez porque para eles, tudo é motivo para denotar conspiração. São desconfiados e “astutos”, portanto. Sherlock Holmes perde fácil na hora de desvendar tantas tramas rocambolescas na política.

O “milirritante” tem também um super-poder: a visão além do alcance. Enxergam sempre mais – e principalmente, melhor – do que todos os outros seres humanos (exceto claro, os “milirritantes” da mesma tribo). É comum ouvir frases como “o povo não enxerga” ou “isso é claro como água”. Só não enxergam mesmo é como é chato para os seres humanos comuns ficar ouvindo essa ladainha, mas tudo bem...

Quando não está em bando, o “milirritante” tem formas de ataque previsíveis: preferem as filas de banco, os ônibus, alguns bancos de praça, esquinas (botecos, padarias e bancas de jornais) e claro, a Internet. Nos intervalos entre uma eleição e outra, os emails podem até diminuir a freqüência, mas hora ou outra pintam, principalmente para falar do presidente. Se este for do mesmo tipo, virão PPTs intermináveis ou tratados idem para entupir sua caixa de entrada. Se for do tipo do partido adversário, a tendência é que você receba cantilenas dignas de terrorista, desfiando linhas de um pensamento conspiratório cristalino (para eles, diga-se de passagem) a respeito das atitudes do governo atual. E seja qual for sua posição política, tudo que você vai querer é uma revolução... na qual a reivindicação principal seja simplesmente o direito de não receber emails desse tipo! Para os “milirritantes” reais, nada como um bom fone de ouvido; para os virtuais, nada como um “bloquear remetente” ou simplesmente o redentor botão “Delete”.

Se dois “milirritantes” de tipos diferentes se encontrarem, saia de perto. Pode sobrar para você. Vale lembrar que “milirritantes” não gostam de ser contrariados; então, se conseguir ficar perto deles mais de 30 segundos, melhor não dar papo, argumentar. Há neles uma capacidade inesgotável de encherem a paciência alheia.